Publicação Exclusiva SI
Depois de recuar nos dois primeiros meses do ano, as exportações brasileiras de carne suína aumentaram em março. Essa reação, no entanto, não foi suficiente para elevar o volume embarcado no acumulado do primeiro trimestre em relação ao mesmo período dos anos anteriores - a quantidade exportada foi a menor para o intervalo jan-mar desde 2001.
Foram exportadas 30,64 mil toneladas de carne suína in natura em março, 39,3% a mais que em fevereiro, mas 5,2% abaixo do mesmo período do ano passado. Foi a menor quantidade para o período desde 2006, segundo dados da Secex.
No mercado interno, dados do Cepea mostram que os preços do suíno vivo e da carne seguem em queda neste início de abril, mas os fundamentos apontam possíveis reações no curto prazo. Além da melhora nos embarques em março, a expectativa é que as temperaturas mais baixas com a entrada do outono somadas aos altos preços da carne bovina motivem um maior consumo da proteína suína.
Entre 2 e 9 de abril, o Indicador CEPEA/ESALQ do suíno vivo de São Paulo caiu 3,3%, fechando a R$ 3,21/kg nessa quinta-feira, 9. No Paraná, a desvalorização foi de 4,2%, com o Indicador passando para R$ 2,94/kg na quinta. Em Minas Gerais, a variação foi negativa em 3,6%, enquanto em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, o animal vivo se desvalorizou 2,2% e 3,9%, respectivamente, com as médias a R$ 3,24/kg, R$ 3,05/kg e R$ 2,95/kg, nesta ordem.
No atacado da Grande São Paulo, a carcaça comum suína se desvalorizou 5,7% entre 2 e 9 de abril, com o quilo do produto cotado a R$ 4,62, em média, no dia 9. Para a carcaça especial, o preço médio recuou 4,3%, em R$ 4,88/kg.