CEO da Bayer apresenta metas para divisões farmacêutica e agrícola

G1

O CEO da Bayer, Werner Baumann, defendeu nesta terça-feira (20), durante uma reunião com investidores e analistas, o acordo de aquisição da norte-americana Monsanto por US$ 66 bilhões, anunciado na semana passada. Para tanto, o executivo apresentou metas de aumento de vendas e lucros no médio prazo tanto para a divisão agrícola como farmacêutica da companhia. "Houve uma percepção de que isto (o acordo) saiu do nada e era completamente fora da estratégia da companhia", afirmou Baumann.

"Apenas para esclarecer os fatos, em setembro de 2014 havíamos sido transparentes sobre nosso objetivo de construir nossa carteira (de soluções) em ciências da vida", acrescentou Baumann, referindo-se às duas divisões, farmacêutica e agricultura.

Em maio, quando a Bayer fez sua primeira oferta para adquirir a Monsanto, alguns investidores e analistas foram pegos de surpresa e manifestaram preocupação de que Baumann estaria se distanciando de seu principal foco de negócios, a divisão farmacêutica. Com o acordo, a área agrícola seria responsável por cerca de metade da receita da empresa, em comparação aos 30% de 2015. Os outros 50% seriam provenientes da área de saúde humana.

Na reunião de hoje, Baumann destacou o papel central da divisão farmacêutica para o futuro da Bayer. Disse que a companhia espera melhora "significativa" nas vendas e lucro provenientes da divisão farmacêutica, puxada por medicamentos lançados recentemente. Segundo Baumann, o potencial pico de vendas anuais para tais produtos, que incluem o medicamento para afinar o sangue chamado Xarelto e outro para os olhos, Eylea, é de mais de 10 bilhões de euros (US$ 11 bilhões), acima da previsão anterior, de 7,5 bilhões de euros.

Baumann declarou ainda estar "muito confiante" em relação aos novos medicamentos da empresa previstos para serem lançados em breve. Seis deles têm potencial de vendas de ao menos 6 bilhões de euros, apontou ele, e abrangem produtos voltados à insuficiência cardíaca crônica, doença renal e câncer de próstata.

Para a divisão agrícola da empresa, Baumann informou que a meta era de margem de lucro de mais de 30% após a conclusão da aquisição da Monsanto, ante margem de 27% no ano passado. O executivo lembrou o histórico de êxito da Bayer em operações de aquisição e de desinvestimento. Seu antecessor, Marijn Dekkers, adquiriu a divisão de medicamentos que dispensam prescrição médica da Merck & Co por US$ 14 bilhões e desmembrou a unidade de plásticos especiais da empresa, hoje chamada de Covestro, por US$ 10 bilhões.

Analistas da Jefferies afirmaram que as metas de médio prazo apresentadas ofereceram uma "pequena melhora", enquanto os da Warburg disseram que os anúncios confirmaram suas "expectativas positivas". Pela manhã, as ações da Bayer subiam 1,4%.



Data da Notícia: 21/09/2016
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