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A balança comercial brasileira registrou um déficit de US$ 3,930 bilhões em 2014, resultado de US$ 225,101 bilhões em exportações e US$ 229,031 bilhões em importações. Foi o primeiro saldo negativo em 14 anos quando, em 2000, as compras externas superaram as vendas em US$ 731 milhões. Foi também o pior resultado desde 1998, quando a balança ficou deficitária em US$ 6,6 bilhões. Em dezembro, houve um pequeno superávit comercial de US$ 293 milhões, valor insuficiente para compensar o fraco desempenho verificado ao longo de 2014. As exportações atingiram US$ 17,491 bilhões no mês passado e as importações, US$ 17,198 bilhões. Segundo informou, nesta segunda-feira, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a corrente de comércio (soma de exportações com importações) em dezembro, de US$ 34,689 bilhões, caiu 15,2% em relação a 2013. No ano, o fluxo foi de US$ 454,132 bilhões, com queda de 5,7%.
As exportações realizadas ao longo do ano passado caíram 7% em relação a 2013, com média diária de US$ 889,7 milhões. Os embarques de manufaturados tiveram um decréscimo de 13,7%. Ao contrário de 2013, o país exportou menos plataformas de petróleo, com uma redução de 74,4%. Também vendeu menos automóveis (41,8% a menos), veículos de carga (32,4%), açúcar refinado (25%) e autopeças (22%). Os embarques de semimanufaturados, como ouro, alumínio bruto, açúcar em bruto e ferro fundido, diminuíram 4,8% e, como reflexo da queda das cotações das commodities, as vendas de produtos básicos no exterior tiveram uma redução de 3,1%. Destacaram-se milho em grão, fumo em folhas e minério de ferro.
A exportação de produtos básicos caiu menos que as demais devido principalmente a milho em grão, fumo em folhas, minério de ferro, carne de frango e minério de cobre. Por outro lado, cresceram as vendas externas de café em grão, petróleo em bruto, algodão em bruto, carne suína, carne bovina, farelo de soja e soja em grão. Na avaliação por mercados de destino, a balança comercial brasileira mostra que só cresceram as exportações para a Europa Oriental, em 9,7% (devido a carnes, soja em grão, café em grão etc) e para os Estados Unidos, em 9,2% (devido a semimanufaturados de ferro/aço, aviões, parte de motores e turbinas para aviação, café em grão, entre outros). Mostraram queda as vendas para o Mercosul, de 15,2%, sendo que a queda para a Argentina foi de 27,2% devido a automóveis e autopeças, veículos de carga, polímeros plásticos, motores para veículos, entre outros. Também houve queda, de 12%, das vendas para União Europeia, devido a plataforma para extração de petróleo, trigo em grão e alumínio em bruto. Para a Ásia, a queda foi de 5,3%, sendo que a redução das vendas para a China foi de 11,8%, por conta de ferro fundido, soja em grão, minério de ferro, petróleo. Para o Oriente Médio, as exportações caíram 4,9%, devido a carne de frango e bovina, minério de ferro, açúcar em bruto
No acumulado do ano, os principais destinos das exportações brasileiras foram China (US$ 40,6 bilhões), Estados Unidos (US$ 27,1 bilhões), Argentina (US$ 14,3 bilhões), Países Baixos (US$ 13 bilhões) e Japão (US$ 6,7 bilhões). Já as importações caíram 4,4%. Em relação a 2013, as compras externas de bens de capital diminuíram 7,6%; de bens de consumo, 5,2%; matérias-primas e intermediários, 3,3%; e combustíveis e lubrificantes, 2,4%. Por países de origem das importações brasileiras, a China se manteve em primeiro lugar com US$ 37,3 bilhões; EUA, com US$ 35,3 bilhões; Argentina, US$ 14,1 bilhões; Alemanha, US$ 13,8 bilhões; e Nigéria, com US$ 9,5 bilhões.