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As exportações brasileiras de carne suína totalizaram 39.026 toneladas e receita de US$ 104,52 milhões em março, altas de 5,65% e 8,27% em relação ao mês anterior, mas quedas de menos de 1% ante março de 2013, de acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) na terça-feira (8).
A indústria brasileira está prevendo aumento para as vendas internas e externas de carne suína para o resto do ano, impulsionado pelo crescente interesse por parte de outros países no produto, em virtude da preocupação com o vírus da epidemia de diarreia suína (PEDV em inglês) que afeta suínos nos Estados Unidos, disse o presidente da ABPA, Francisco Turra.
A Rússia indicou nas últimas semanas que vai aumentar as encomendas de carne suína brasileira este ano, e aprovou mais um processador para exportação, na semana passada, do Rio Grande do Sul, disse Rui Vargas, vice-presidente de Suínos na ABPA. As vendas para a Rússia totalizaram 11.620 toneladas, ao valor de US$ 41,63 milhões, em março, aumentos de 28% e 51,4% ante um ano atrás.
Os russos estão em busca de novas fontes de proteína animal após os EUA, Europa e Austrália reduzirem ou cortarem seus próprios suprimentos para a Rússia como uma resposta política à crise na Crimeia. A Rússia também embargou muitas exportações de carnes dos EUA no início deste ano após a detecção do aditivo ractopamina.
Nos três primeiros meses deste ano, o Brasil exportou 110.834 toneladas de carne suína, com receita de US$ 291,34 milhões, quedas de 7,96% e 8,56%, respectivamente, em relação ao mesmo período do ano passado.
A Rússia continua sendo o principal mercado de importação da carne suína brasileira, sendo responsável por 30,6% do volume de vendas de janeiro a março, seguida por Hong Kong (26%) e Angola (11,7%) .