SuperMeat
A startup israelense de biotecnologia SuperMeat está trabalhando para desenvolver máquinas de cultivo de carne que podem ser instaladas em supermercados, restaurantes e até mesmo casas. As máquinas vão revolucionar a produção de carne, oferecendo um produto gostoso, limpo e barato que não causa danos a animais e é melhor para o planeta, diz a empresa.
As carnes são cultivadas organicamente, usando tecnologias regenerativas, e o projeto é dirigido pelo premiado engenheiro biomédico Professor Yaakov Nahmias.
A ideia de carne cultivada refere-se a desenvolver carne dentro de uma cultura de células. A carne é produzida usando as mesmas técnicas de engenharia de tecidos tradicionalmente utilizados em medicina regenerativa. Os supostos benefícios são muitos: uso de água e solo reduzido, menos gases de efeito estufa, tratamento ético dos animais, aumento da higiene e preços mais baixos.
A SuperMeat é a primeira empresa a tentar cultivar carne de frango para produção em massa. Seu foco é a produção de peito de frango, fígado e carne picada. O objetivo é fazer crescer o tecido biológico como uma única peça, e não misturar uma variedade de células cultivadas separadamente.
"Nossa tecnologia nos permite expandir as células isoladas a partir de uma pequena biópsia de tecido retirado sem ferir os animais," diz o professor Yaakov Nahmias, um ex-membro do corpo docente da Harvard Medical School e um vencedor do prestigiado Prêmio Rappaport de Ciências Biomédicas por seu trabalho na engenharia de tecidos do fígado. "Nós organizamos estas células em tecidos minúsculos e os colocamos em um ambiente único, que é projetado para imitar perfeitamente a fisiologia animal, permitindo que os pequenos tecidos cresçam organicamente em grandes músculos, basicamente da mesma forma que eles fazem na natureza."
Isso significa que o produto final da SuperMeat será biologicamente idêntico à carne de granja e terá o mesmo sabor e textura. A equipe israelense também está planejando fazer produtos derivados de carne cultivados sem o uso de animais. Isso seria possível através da tecnologia que permite a produção de carne, sem a utilização de soro e outros ingredientes de origem animal, o que significa que a carne será adequada para vegetarianos e veganos.
Atualmente, a equipe israelense já levantou 62 por cento da da sua primeira meta monetária de US$ 100.000 pelo site de financiamento coletivo Indiegogo. Ele usará os fundos para dar o pontapé inicial, o que na prática significa produzir os protótipos necessários para obter um financiamento mais "sério" de capital de risco e outros investidores.