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O quadro dos 10 principais importadores da carne de frango brasileira no primeiro quadrimestre de 2015 manteve-se inalterado em relação ao que foi registrado no fechamento do primeiro trimestre.
Isso significa, por exemplo, que apenas três compradores – Japão, Hong Kong e Holanda – vêm adquirindo menos produto que no mesmo período de 2014. Porém, as quedas registradas foram totalmente neutralizadas e superadas pelos outros sete importadores.
Notar, aqui, que o atual quadro dos “top 10” conta com dois integrantes não presentes no ranking de um ano atrás: Coreia do Sul (cujas importações mais do que dobraram, fazendo os sul-coreanos ascenderem da 19ª para a 8ª posição) e Reino Unido (13º lugar há um ano; 10º lugar agora).
Tal mudança, porém, não afetou o volume registrado pelos “top 10” do primeiro quadrimestre de 2014. Pelo contrário, prevaleceu absoluta estabilidade nos volumes embarcados, com incremento de apenas 0,3% em um ano (847,1 mil/t nos quatro primeiros meses de 2014; 849,8 mil/t neste ano).
Venezuela e Egito foram os países que, em 2015, cederam espaço para Coreia do Sul e Reino Unido. Posicionada como o sétimo maior importador do frango brasileiro há um ano, a Venezuela agora está na 11ª posição. Já o Egito recuou da 9ª para a 13º posição.
Mas é o caso de se perguntar, também, onde andam Rússia e México, dois mercados que já foram saudados como promissores mas, até agora, não deram “o ar da graça”. Pois a Rússia, com importações de 18,1 mil/t entre janeiro e abril, se encontra na 20ª posição. O México, por sua vez, ocupa o 27º posto, pois suas compras estão limitadas a 7,2 mil/t.
Vale citar ainda, em relação aos “10 mais”, que as compras somadas de China e Hong Kong tornam o mercado chinês o segundo maior importador da carne de frango brasileira. De toda forma, nota-se que enquanto a China aumentou suas importações em quase 24%, Hong Kong as reduziu em cerca de 22%.
Neste caso, os índices de aumento e redução são próximos, mas o efeito sobre o volume diferente. Pois o resultado final é uma redução de mais de 3% no total importado.
Tal queda é estranhável, pois, com o embargo da China ao frango dos EUA (devido à Influenza Aviária), esperava-se que o Brasil suprisse a lacuna surgida. E isso não está ocorrendo. Aliás, a China já não importa diretamente carne de frango norte-americana, mas as aquisições via Hong Kong aumentaram no primeiro trimestre.