Carne de frango: os cinco maiores exportadores nos 20 anos de liderança brasileira no mercado mundial

Em 2024 os cinco maiores exportadores mundiais de carne de frango devem continuar os mesmos de vinte anos atrás. Ou, em ordem alfabética, Brasil, China, EUA, União Europeia e Tailândia. Mas, pelo volume exportado, o posicionamento entre eles já não é o mesmo de 2004. Muito menos o de seis anos antes.

Esta história começa em 1998 para melhor demonstrar a evolução das exportações brasileiras até o País se tornar o maior exportador mundial de carne de frango, posição que em 2024 completa duas décadas. Pois naquele final de Século XX o Brasil era apenas o terceiro exportador mundial do produto, atrás de EUA e do bloco composto pelos países integrantes da União Europeia, então em menor número que atualmente.

Mas já no ano seguinte (1999) a UE ficava para trás. E, num crescimento avassalador (média de 25% ao ano), cinco anos depois o Brasil chegava à liderança (de 1998 para 2004, incremento de 280%), enquanto as exportações dos dois líderes permaneciam praticamente estagnadas (aumento de menos de 10% nos EUA e de apenas 3% na UE).

Saltando vinte anos à frente e analisando o mesmo espaço de tempo (2018 a 2024), constata-se que o Brasil, embora em ritmo mais lento, permanece com as exportações em evolução. Consideradas as mais recentes projeções do USDA (janeiro corrente) deve registrar neste ano aumento de 30% em relação a 2018, enquanto os EUA permanecem praticamente com o mesmo volume de seis anos atrás e a União Europeia registra queda próxima de 15%.

Claro, todos (inclusive China e Tailândia) vêm exportando volume significativamente maior que, por exemplo, em 1998, Mas, óbvio, o incremento maior continua recaindo sobre as exportações brasileiras: quase 680% de aumento, contra pouco mais de 300% da Tailândia, 117% da União Europeia, 70% da China e apenas 67% dos EUA.

Com a expansão registrada nos primeiros anos deste século, a participação brasileira – considerado, exclusivamente, o volume total dos cinco maiores exportadores mundiais – subiu de pouco mais de 15% em 1998 para 41,4% em 2004. Mas, curiosamente, neste ano essa participação permanece quase a mesma de vinte anos atrás, com aumento de não mais que 2%, devendo chegar (pelas atuais previsões do USDA) a 42,3% do total exportado pelos cinco líderes.

Como, em 2024, esse total tende a ser cerca de 100% maior que o de 2004 e a participação brasileira aumentou apenas 2%, enquanto caiu ou permaneceu estável a participação de EUA, União Europeia e China, fica a questão: quem registrou o maior aumento de participação no período?

Naturalmente, a Tailândia. Que, depois de uma participação de 8% em 2001, viu esse índice recuar para menos de 3,5% em 2004, devido a um surto de Influenza Aviária. Em franca recuperação nos últimos anos, em 2024 a participação tailandesa deve aproximar-se dos 10%, o que representa aumento de mais de 180% em 20 anos.

Fonte: AviSite

Data da Notícia: 24/01/2024
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