Valor Econômico
Ainda que tenha diminuído drasticamente no mês passado no mercado doméstico, a vantagem relativa dos preços da carne de frango em relação aos da carne bovina, a proteína preferida dos brasileiros, ainda é suficiente para estimular a demanda pelo produto. De modo geral, a valorização de mais de 20% nos preços da carne de frango no atacado da Grande São Paulo foi uma resposta à disparada do dólar, moeda que baliza a cotação dos grãos usados na ração animal. Para fazer frente aos custos de produção e tentar preservar margens, os frigoríficos elevaram as cotações do frango. Mas, de acordo com analistas, o diferencial de preços apenas se aproximou da média histórica. Além disso, uma eventual recuperação da demanda por carne bovina no mercado doméstico esbarraria na escassez de oferta - os abates de bovinos recuaram cerca de 10% no primeiro semestre, apontam os dados do IBGE. "O que está acontecendo é que os patamares entre as proteínas estão voltando aos níveis históricos", afirmou o analista do Rabobank, Adolfo Fontes. De acordo com levantamento do banco holandês, a diferença entre as cotações do frango resfriado e a carcaça bovina no atacado atingiu o pico histórico em meados de abril, quando o preço de um quilo de carne bovina equivalia ao valor de três quilos de carne de frango - a média de 2015 é de 2,7 vezes. (Veja mais em http://bit.ly/1ZfTcNs)