Carne de frango in natura: aumento de volume, em uma década, ficou restrito aos cortes
AviSite
Ainda que tenham atingido novo recorde em 2021, as exportações brasileiras de carne de frango in natura – quase 95% do total exportado no ano – evoluíram a uma média pouco superior a 1,5% ao ano em uma década, registrando índice substancialmente inferior aos mais de 10% ao ano observados nos 10 anos anteriores, período em que o Brasil se tornou o maior exportador mundial do produto.
Assim, frente a uma expansão ponta a ponta de mais de 200% entre 2001 e 2011, o incremento alcançado na década encerrada em 2021 não chegou a 20%. O mais interessante, porém, é que mesmo esse aumento foi determinado por apenas um dos dois “in natura” exportados pelo Brasil: os cortes de frango.
Detalhando, no ano passado o volume de frangos inteiros exportados pelo Brasil superou ligeiramente o milhão de toneladas, resultado que significou retração de quase um terço em relação ao milhão e meio de toneladas embarcadas em 2011. Já os embarques de cortes ultrapassaram os 3,1 milhões de toneladas, superando em mais de 50% os pouco mais de 2 milhões de toneladas registrados 10 anos antes.
Em outras palavras, a relação entre cortes e frango inteiro, que era de, aproximadamente, 1,4:1 em 2011, subiu para mais de 3:1 em 2021, aumentando mais de 200% em favor dos cortes.
Mudança de hábito? Muito mais, aparentemente, mudança de mercado. Dez anos atrás, bem mais de um terço das exportações brasileiras de carne de frango tinham por destino o Oriente Médio, mercado em que o griller (galeto) tem preferência. E a esse mercado somavam-se, por exemplo, as exportações para a Venezuela, compradora, preponderantemente, do frango inteiro e respondendo, então, por cerca de 7,5% das exportações brasileiras.
Em 2021, o domínio de mercado – quase 40% do total – ficou com o mercado asiático, China à frente. Com absoluto predomínio da importação de cortes. Já a Venezuela – que em 2011, com 176 mil toneladas, foi o oitavo principal importador da carne de frango brasileira – em 2021 recebeu não mais que 9 mil toneladas do produto, caindo para a 44ª posição no ranking dos importadores.
O SINDICARNE / ACAV / AINCADESC utiliza cookies para a geração de estatísticas nos acessos do site, essas informações são armazenadas em caráter temporário exclusivamente para esta finalidade. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com o monitoramento.