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Ainda que tenha obtido uma receita cambial inferior à do mesmo período do ano passado, a carne de frango in natura exportada pelo Brasil nos três primeiros meses de 2015 registrou perda menor (-7,87%) que a das exportações globais brasileiras (recuo próximo de 14%) ou, mesmo, dos 10 principais produtos da pauta (cuja receita caiu cerca de 23%). Além disso, a participação do produto na pauta total aumentou 6,80%.
Apesar, porém, desses desempenhos, a carne de frango voltou a perder uma posição na pauta: havia ocupado a quinta posição no primeiro bimestre e, agora, retorna ao sexto posto.
A “culpa”, no caso, recai sobre o produto que por quase um século liderou as vendas externas brasileiras e que é um dos símbolos do próprio País: o café. Que, da nona posição há um ano, se encontra agora no quarto posto e, sem ameaçar a posição do trio líder (minério de ferro, petróleo e soja em grão), ainda pode distanciar-se ainda mais em relação ao açúcar em bruto, pois, entre os seis primeiros produtos da pauta, é o único a apresentar crescimento da receita cambial.
Quanto à carne de frango, ainda corre o risco de perder mais posições. Pois os outros dois produtos mais próximos – celulose e farelo de soja, na sétima e oitava posição, respectivamente – também vêm registrando evolução positiva na receita cambial.