SNA e CNA, adaptado pela equipe feed&food
As vendas externas de carne de frango para a Malásia devem representar US$ 35 milhões ao ano para o Brasil, segundo estimativas da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA, São Paulo/SP). O presidente da entidade, Francisco Turra, afirmou que o mercado do país é importante para a proteína brasileira ao avaliar o anúncio de que o país asiático habilitou quatro novas plantas frigoríficas. O novo acordo foi divulgado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA, Brasília/DF), no último dia 13 de outubro.
A entidade ainda espera exportar 15 mil toneladas ao ano do produto, podendo representar 31% do total das 48 mil toneladas importadas por aquele mercado. “Além de representar uma grande oportunidade de negócios para os exportadores brasileiros, a abertura do mercado da Malásia exalta dois importantes diferenciais do País: nosso status sanitário e nossa capacidade de produzir frango “halal” de alta qualidade, dentro dos padrões determinados por este exigente mercado”, analisa Turra.
Até agora, somente uma planta do município de Amparo (SP) está habilitada para exportar carne de frango para a Malásia. “A produção halal segue uma série de preceitos determinados pelo islamismo quanto à produção de alimentos. Seu cumprimento é fiscalizado pelas certificadoras halal instaladas no Brasil”, explica.
De acordo com ele, são considerados diversos pontos para exportação da proteína para os países islâmicos, como a forma de degola (corte transversal que minimize ao máximo o sofrimento do animal, com rápida sangria), o abate ser virado para Meca, o profissional da linha de abate ser obrigatoriamente professante da religião islâmica, entre outros pontos.
Outras plantas. No início de outubro, o MAPA e o Serviço Federal de Vigilância Veterinária e Fitossanitária da Rússia (Rosselkhoznadzor) também assinaram protocolo que deve viabilizar a habilitação de, pelo menos, 74 plantas brasileiras exportadoras de tripas.
Para Turra, “quando for concretizado, será bastante relevante para o incremento das exportações do setor de proteína animal”. “No caso do setor de suínos, que entre janeiro e setembro exportou 1,6 mil toneladas do produto, deveremos ver uma boa elevação, favorecendo a ampliação do saldo geral dos embarques”, afirma.