ABCS
O momento delicado para a cadeia produtiva de suínos, em razão os altos custos de produção, acaba de ganhar uma boa notícia. Conforme publicação do Conselho de Ministros da Câmara de Comércio Exterior (Camex, Brasília/DF) na última quarta-feira (20), seis equipamentos para frigoríficos de suínos e um comedouro automático para testes de desempenho (utilizado para melhoramento genético) tiveram alíquota de importação alterada de 14% para 2% até dezembro de 2017.
A inclusão de novos equipamentos na taxa do ex-tarifário, destinado à aquisição de bens de capital para o quais não exista produto nacional equivalente, incentiva o setor produtivo do País, segundo a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS, Brasília/DF), a buscar tecnologias mais avançadas para melhorar os processos nas granjas e nos frigoríficos, visando a redução de custos e o aumento da competitividade.
O diretor Executivo da associação, Nilo de Sá, destaca a importância da busca constante da cadeia em se atualizar tecnologicamente para prosperar. “As margens de lucro são cada vez menores na nossa atividade. Assim, toda redução de tarifa para importação de máquinas e equipamentos é bastante positiva, possibilitando essa modernização a um menor custo”, diz.
Somente em 2016, nove equipamentos utilizados pela cadeia produtiva de suínos foram inclusos na taxa do ex-tarifário. Em março e junho, a Camex já havia concedido o benefício para a importação de máquinas para distribuição de ração e placas térmicas para maternidade de suínos. À época, a medida atendeu ao pleito da ABCS de incentivo ao investimento em novas tecnologias e bem-estar animal.
A iniciativa do governo em aceitar os pleitos de estímulo ao setor produtivo é, nas palavras do produtor de suínos do Distrito Federal, Rubens Valentini, extremamente benéfica. “Todo o setor tem seguido um processo de desenvolvimento tecnológico, que infelizmente não tem sido acompanhado pela indústria. Portanto, são extremamente benéficos esses ex-tarifários, porque mostram para a indústria o tamanho da nossa cadeia e o seu potencial de crescimento”, avalia.