Avisite
O que virá a seguir não se sabe. Mas nas três primeiras semanas de abril (base: valores registrados na quinta-feira) os preços pagos ao produtor pelo frango vivo (kg) e pelo ovo (valor da caixa convertido em dúzia) no interior paulista ficaram muito próximos. Alcançaram uma proximidade, aliás, que ainda não havia sido observada em 2014.
O ano começou com o frango vivo valendo perto de 1,8 vezes mais que o ovo (frango vivo: R$2,50/kg; ovo branco extra: R$42,00/caixa). Mas enquanto o frango permaneceu em relativa estabilidade, o ovo sofreu quedas imediatas.
Na terceira semana do ano a relação de preços entre frango e ovo havia subido para 2,27. Foi a maior diferença registrada até aqui, pois ainda em janeiro o ovo entrou em dinâmico processo de recuperação de preços, que se acentuou com a chegada da Quaresma e só se estabilizou quando foi atingido valor nominal que é recorde histórico no setor.
Nas três últimas quintas-feiras (ou seja, até 17 de abril, 16ª semana de 2014), o valor alcançado pelo frango vivo (que sofreu queda de preço de março para abril) ficou apenas 1,06 vezes acima do valor do ovo.
Esse índice – ressalte-se – corresponde a uma das mais próximas relações de preço entre frango e ovo. Nos últimos cinco anos (isto é, de 2009 para cá) essa relação ficou em 1,53, o que significa que, na média, o quilograma do frango vivo vale 1,5 vez a dúzia de ovos.
Porém, melhor para o ovo do que o resultado das últimas semanas só aquele observado entre maio e junho do ano passado, ocasião em que as posições se inverteram e o ovo alcançou valor correspondente a 1,02 vez o preço do frango vivo.
Ressalve-se, no entanto, que isso foi consequência de forte desvalorização do frango vivo, não da valorização do ovo, como seria desejável.