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Mesmo que os resultados não sejam 100% exatos, tem-se uma boa ideia de “quem é quem” nas exportações brasileiras de carne de frango a partir dos balanços anuais das duas empresas líderes do setor e dos números relativos às cooperativas e às exportações globais, dados provenientes da SECEX/MDIC.
Sintetizados abaixo e relativos apenas à carne de frango in natura, os resultados obtidos mostram que o volume exportado pelas duas empresas líderes do setor, BRF e JBS, corresponderam, no ano passado, a quase 78% do total embarcado – a BRF com 43,3% do total e a JBS com 34,4%.
O saldo daí advindo – 22,31% - foi distribuído entre as cooperativas e empresas privadas exportadoras. Porém, mais de três quartos desse saldo foram exportados pelas cooperativas, responsáveis por 17,33% dos 3,961 milhões de toneladas de carne de frango in natura embarcadas em 2017. Ou seja: excluídas BRF e JBS, o setor privado exportou menos de 5% do total registrado.
O que não escapa, porém, é que enquanto BRF e JBS reduziram seus embarques - e, por isso, tiveram perda de participação, já que as exportações do ano aumentaram 1,86% - as cooperativas e as empresas remanescentes aumentaram seu volume em, respectivamente, 13,40% e 82,85%. Com isso, a participação dos dois segmentos no total exportado aumentou, também respectivamente, 11,32% e 79,51%.