Globo Rural
A escalada do dólar, com a consequente desvalorização do real, e os problemas de logística interno vão provocar um salto de mais de 20% nas exportações brasileiras de frutas frescas este ano, disse nesta quinta-feira (29/10) à Globo Rural, em Madrid, Luiz Roberto Barcelos, presidente da Abrafrutas, entidade que congrega 32 grandes empresas do setor frutícola. “De janeiro a setembro deste ano, as vendas externas já somaram US$ 500 milhões, enquanto no ano passado o valor total foi de US$ 630 milhões. Até dezembro, nossa expectativa é chegar a US$ 750 milhões”, anunciou Barcelos.
Com o apoio da Apex, a Abrafrutas participa em Madrid, capital da Espanha, da Fruit Attraction, feira que conta com cerca de 1.100 expositores de mais de 80 países e ocupa área de 27.110 metros quadrados. “A desvalorização do real tornaram os nossos produtos mais competitivos, embora grande parte das frutas que exportamos têm como destino a Europa, onde o euro não se valorizou no mesmo nível que o dólar”, disse Barcelos.
Uma das empresas brasileiras que participa da feira, a Itaueira, que produz melão, melancia e suco de caju no Piauí, Ceará e Bahia, prevê aumentar a sua exportação de 7% para 14% do total de sua produção este ano. “O principal motivo foi a falta de caminhões frigoríficos para levar os nossos produtos para o Sul e Sudeste”, diz Adriana Prado, uma das proprietárias da empresa, localizada em Canto do Buriti (PI), Ribeira do Amparo (BA) e Aracatins (CE).