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Neste início de ano, momento em que os produtores de aves e suínos compõem seus estoques de insumos para ração, a forte alta nos valores do milho, atrelada à baixa oferta, já levou o setor a enfrentar o dólar alto e fazer suas compras na concorrência vizinha, como Argentina e Paraguai. Ontem, o indicador de milho Esalq/BM&FBovespa apontou para um avanço de 16,35%, na variação mensal de preços, para R$ 42,85 por saca de 60 quilos. No entanto, o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, conta que em algumas regiões o produto já chegou a saltar de 30% a 50% nos valores. "Neste ano temos uma primeira safra pequena e as exportações do ano passado foram bem elevadas. Como [o milho] é o componente mais pesado da ração, as empresas começaram a sentir o peso dos custos", explica o representante do setor. "Já temos produtores comprando milho do Paraguai e negociações com a Argentina, mas aí vem o impacto do dólar", acrescenta Turra. Mesmo sem estimar o volume das importações, o executivo chama a atenção para a necessidade do criador de formar estoques de ração agora, pois o milho proveniente da segunda safra, a safrinha, é o grande mote de venda para fora do País