Brasil e EUA iniciam primeiro sistema internacional de armazenamento de informações genéticas

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A ferramenta Alelo Animal é fruto de quase uma década de esforços conjuntos de pesquisadores e programadores da Embrapa (Brasília/DF) e do Serviço de Pesquisa Agrícola do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA-ARS) e já despertou interesse de países como México, Uruguai, Argentina e Filipinas, bem como de periódicos científicos internacionais interessados em padronizar dados-fonte citados nos artigos científicos.

Por meio de uma base única, o primeiro sistema internacional para armazenamento de informações genéticas, produtivas e de árvore genealógica, proporcionará acesso ágil e padronizado aos bancos de germoplasma e às informações genômicas animais dos dois países.

Segundo o pesquisador do Programa Embrapa Labex Estados Unidos, Samuel Rezende Paiva, o acesso a grandes acertos é fundamental a ciência. “Grande parte das pesquisas básicas e aplicadas relacionadas ao agronegócio dependem da existência de diversidade genética entre-dentro espécies”, afirma. O especialista atua há três anos junto ao Centro Nacional para Preservação de Recursos Genéticos (NCGRP) do USDA-ARS. Para Paiva, a médio-longo prazo, o resultado será a intensificação do intercâmbio de germoplasma entre Brasil e Estados Unidos.

Os parceiros norte-americanos partilham do entusiasmo de Paiva. “Talvez seja a primeira vez que dois países desenvolvem um sistema de dados abrangente para atender demandas por informações sobre recursos genéticos animais”, declara o geneticista Harvey Blackburn, pesquisador do NCGRP. Nos Estados Unidos, o Alelo Animal é chamado de Animal-GRIN, sigla em inglês para Rede de Informações de Recursos Genéticos.

O Alelo Animal permite que qualquer pessoa acesse dados sobre materiais genéticos animais (sêmen, embriões, DNA) armazenados nos bancos de germoplasma do Brasil e dos Estados Unidos. Caso exista interesse em utilizar o material encontrado para fins de pesquisa, comerciais ou outros, o interessado deve preencher formulário que será analisado por um comitê gestor, o qual poderá cedê-lo, rejeitá-lo ou disponibilizá-lo sob determinadas condições. Os dados norte-americanos já estão na rede e os especialistas brasileiros devem terminar de inserir as informações do País nos próximos meses.