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Analisando-se a evolução, nos últimos quatro anos, do preço médio da carne de frango exportada por Brasil e EUA, fica claro (gráfico abaixo) que – independente do diferencial de preços existente entre os produtos de um e outro país – o Brasil vem obtendo resultados inferiores aos dos EUA.
Assim, por exemplo, em relação ao valor médio registrado no segundo semestre de 2011 (US$1.171,17/t), os EUA fecharam setembro de 2015 com uma queda de preço inferior a 18%. Já o produto brasileiro (média de US$2.095,83/t no segundo semestre de 2011) alcança agora preço 21% menor. Ou seja: o adicional a favor do Brasil, de quase 80%, recuou agora para 72%.
A instabilidade de preços também tem marcado as exportações brasileiras. Nos quatro anos decorridos entre setembro de 2011 e agosto de 2014 o valor médio do produto norte-americano apresentou variações máximas de 6% e 4% abaixo ou acima da média do período. Já as exportações do Brasil têm variações 10% e 13% acima da média.
Supunha-se também que – com a perda de mercado enfrentada a partir dos registros de Influenza Aviária em seu território – as exportações dos EUA enfrentariam redução de preços proporcionalmente maior que a do Brasil.
Isso, efetivamente, vem ocorrendo nos últimos meses. Curiosamente, porém, constata-se que nos últimos 16 meses (isto é, desde o último pico de preços obtido pelo Brasil, em junho de 2014), os preços dos dois países registram, praticamente, os mesmos índices de redução – queda de pouco mais de 19%. Ou seja: o preço brasileiro caiu de US$2045/t para US$1.655/t e o norte-americano de US$1.199/t para US$962/t. Quer dizer: a valorização interna do dólar deixou tudo “elas por elas”.