Biosseguridade na produção de suínos é tema de palestra em Seara

Na terça-feira, dois de maio, a médica veterinária da Cidasc Bruna Duarte, da Unidade Veterinária Local de Seara,  palestrou sobre “Biosseguridade na suinocultura e as doenças de notificação oficial”, na Câmara de Vereadores do município. A atividade faz parte das celebrações do Mês da Saúde dos Animais de Produção, criado para conscientizar a sociedade catarinense sobre a importância do tema e suas implicações na saúde humana e na economia local. 

Cerca de 40 produtores e cinco médicos veterinários da JBS suínos assistiram à palestra, cujo foco central foi a prevenção da peste suína clássica (PSC) e peste suína africana (PSA), doenças que não afetam humanos mas provocam grandes perdas na suinocultura. A médica veterinária detalhou os sintomas das duas doenças, que são bastante semelhantes: alta mortalidade no plantel; manchas avermelhadas no corpo, principalmente nas extremidades; abortos e perdas reprodutivas em matrizes suínas;  alta mortalidade de leitões recém nascidos; febre; dificuldade para caminhar e sintomas respiratórios.

“Ao identificar algum destes sintomas, os produtores devem imediatamente comunicar a Cidasc de seu município, seja pessoalmente ou por telefone, sendo que quanto antes recebermos a notificação, mais rapidamente poderemos investigar e desempenhar ações para impedir a disseminação em caso de suspeita de foco de uma das doenças”, explicou Bruna Duarte. 

Santa Catarina recebeu o Certificado de Zona Livre de Peste Suína Clássica, concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal, em 2014. Alguns estados brasileiros registraram casos de PSC há alguns anos. Quanto à PSA, não há focos no Brasil desde a década de 1980, porém casos foram detectados na América Central e Caribe no ano passado. A manutenção do status sanitário depende da atenção constante da defesa agropecuária e também do produtor, adotando as medidas para impedir a reintrodução destas doenças. 

Na palestra, a médica veterinária da Cidasc apresentou medidas de biosseguridade que são válidas para qualquer produtor de suínos: 

  • evitar a entrada de pessoas e veículos não autorizados na granja;
  • manter as granjas cercadas, com cerca em bom estado de conservação e portões sempre fechados, evitando o acesso de javalis e outros animais; 
  • utilizar o arco de desinfecção para os veículos que adentrarem o pátio da granja; 
  • limpar as instalações e os arredores, eliminando vegetação alta e entulhos;
  • manter o controle de roedores e insetos em dia, pois são reservatórios de diversas doenças de importância para a suinocultura; 
  • registrar os visitantes, exigindo vazio sanitário e troca de roupa e calçado para acessar os galpões; ]
  • adquirir suínos com procedência conhecida e sempre acompanhados da GTA;
  • manter a qualidade da água fornecida aos animais por meio de limpeza das caixas de água, cloração e análise microbiológica a cada 12 meses.

Sobre o Mês da Saúde dos Animais de Produção: 

A data foi instituída pela lei estadual 18.484 e tem como objetivo conscientizar sobre as doenças de notificação obrigatória. Quer ainda sensibilizar a comunidade sobre a responsabilidade coletiva em manter o status sanitário que SC conquistou e que abriu portas para os produtos do agronegócio. 

Além dos indicadores ligados à sanidade suídea citados no início deste texto, Santa Catarina erradicou a febre aftosa e tem os menores índices de incidência de brucelose e tuberculose bovina do país. Estas conquistas são fruto do trabalho de defesa sanitária animal, mas também do empenho de todo o setor produtivo em adotar boas práticas agropecuárias e medidas de biossegurança

Fonte: CIDASC

Data da Notícia: 05/05/2023
O SINDICARNE / ACAV / AINCADESC utiliza cookies para a geração de estatísticas nos acessos do site, essas informações são armazenadas em caráter temporário exclusivamente para esta finalidade. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com o monitoramento.