Binômio milho/farelo de soja pesa cada vez mais no custo de produção do frango
AviSite
A alta contínua das duas principais matérias-primas do frango combinada com a forte desvalorização que a ave absorve desde novembro do ano passado pesa cada vez mais no custo de produção do setor.
O gráfico abaixo deixa isso bem claro. Partindo de um índice igual a “100” na média de 2019 (quando a dolarização das duas matérias-primas apenas se delineava), constata-se que o frango vivo chegou a fevereiro corrente (1ª quinzena do mês) com uma valorização de 50%, resultado que, à primeira vista, configura um bom desempenho, pois nesse espaço de tempo a inflação acumulada, embora em alta, foi pouco além dos 15%.
Porém, esse raciocínio rapidamente se desfaz frente à constatação de que, no mesmo espaço de tempo, o farelo de soja e o milho registraram aumentos muito mais significativos e, também, muito próximos – o farelo, de 144%; o milho, de 134%.
Em todo esse período, a remuneração obtida pelo frango permaneceu aquém dos preços alcançados por suas duas matérias-primas básicas. O mais próximo do farelo que o frango chegou foi em meados de 2020, quando a primeira reação do frango ao estado pandêmico coincidiu com forte baixa do farelo de soja.
Já em relação ao milho o melhor momento do frango ocorreu no trimestre agosto/outubro do ano passado, quando a ave atingiu a melhor cotação de todos os tempos e o milho, encerrando uma fase de baixas, entrou em estabilização de curta duração.
Na média de 2019, a venda de uma tonelada de frango possibilitou a compra de 4,65 toneladas de milho ou de 2,67 toneladas de farelo de soja. Neste fevereiro, esses volumes caíram para, respectivamente, 2,87 toneladas (redução de 38% para o milho) e 1,71 tonelada (redução de 36% para o farelo de soja). Não parece, mas esses percentuais indicam que, hoje, o produtor necessita de volume de aves vivas entre 56% e 62% maior que o de 2019 para adquirir o mesmo volume das duas matérias-primas.
O gráfico abaixo deixa isso bem claro. Partindo de um índice igual a “100” na média de 2019 (quando a dolarização das duas matérias-primas apenas se delineava), constata-se que o frango vivo chegou a fevereiro corrente (1ª quinzena do mês) com uma valorização de 50%, resultado que, à primeira vista, configura um bom desempenho, pois nesse espaço de tempo a inflação acumulada, embora em alta, foi pouco além dos 15%.
Porém, esse raciocínio rapidamente se desfaz frente à constatação de que, no mesmo espaço de tempo, o farelo de soja e o milho registraram aumentos muito mais significativos e, também, muito próximos – o farelo, de 144%; o milho, de 134%.
Em todo esse período, a remuneração obtida pelo frango permaneceu aquém dos preços alcançados por suas duas matérias-primas básicas. O mais próximo do farelo que o frango chegou foi em meados de 2020, quando a primeira reação do frango ao estado pandêmico coincidiu com forte baixa do farelo de soja.
Já em relação ao milho o melhor momento do frango ocorreu no trimestre agosto/outubro do ano passado, quando a ave atingiu a melhor cotação de todos os tempos e o milho, encerrando uma fase de baixas, entrou em estabilização de curta duração.
Na média de 2019, a venda de uma tonelada de frango possibilitou a compra de 4,65 toneladas de milho ou de 2,67 toneladas de farelo de soja. Neste fevereiro, esses volumes caíram para, respectivamente, 2,87 toneladas (redução de 38% para o milho) e 1,71 tonelada (redução de 36% para o farelo de soja). Não parece, mas esses percentuais indicam que, hoje, o produtor necessita de volume de aves vivas entre 56% e 62% maior que o de 2019 para adquirir o mesmo volume das duas matérias-primas.
