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Os casos notificados de gripe aviária nos EUA já são 156 nos últimos seis meses, tornando a situação atual o mais extenso surto da doença já registrado no país. De acordo com um novo relatório do Departamento Britânico para o Meio Ambiente, Alimentos e Assuntos Rurais, sobre a propagação da gripe das aves na América, África e Europa, dos 156 casos confirmados de gripe aviária nos EUA entre dezembro de 2014 e maio 2015, foram abatidas mais de 32,5 milhões de aves. Houveram novos casos nos Estados previamente não afetados de Kentucky e no Novo México, em Nebraska e Indiana. Casos registrados tanto em frangos de granja quanto em aves selvagens, no leste, podem colocar outras grandes regiões produtoras em Indiana, Ohio, Pensilvânia, Alabama, Geórgia e Carolina do Norte em risco. No Canadá, houveram dois novos surtos de gripe suína. Novos casos também foram relatados na Rússia, Turquia, Israel e na Faixa de Gaza.
As relações entre todos estes vírus estão sob investigação pelo laboratório de referência internacional do APHA Weybridge. “Este ano a frequência dos surtos da gripe aviária continuam sem precedentes", autores Jonathan Smith, Professor Ian Brown e Dr. Helen Roberts afirmam no relatório. A dispersão significativa em distâncias curtas nos EUA levou os pesquisadores a estudar a possibilidade de transmissão por via aérea, ideia que havia sido previamente demonstrada na Holanda em 2003. Originalmente, todas as introduções em granjas aconteceram por meio do contato com aves selvagens, ou pelo contato com calçados ou roupas contaminadas ou através de equipamentos. Não há aumento específico do risco para o Reino Unido, como resultado destes últimos surtos, segundo o relatório. "Gostaríamos de lembrar a todos os criadores e veterinários que mantenham os elevados padrões de biossegurança, permaneçam vigilantes e relatem quaisquer sinais clínicos suspeitos prontamente", concluiu.