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... Rio Grande do Sul reveja seus planos de produção.
O termo instabilidade vem se tornando comum no que tange as conversas dos produtores. A situação imprevisível do cenário político e econômico nacional vem mudando a forma de enxergar os negócios, de acordo com o presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (ASGAV) Nestor Freiberger.
Ele disse que o setor está preocupado com o aumento dos custos de produção que o setor vem enfrentando recentemente. A entidade é uma das entidades promotoras do AVISULAT 2016, juntamente com Sindilat e SIPS.
O dirigente afirma que a instabilidade política e econômica vem fazendo com que a avicultura do Rio Grande do Sul e também de outros estados reveja seus planos de produção. "Paralela à situação de instabilidade nas esferas já citadas, estamos enfrentando uma alta expressiva no custo de produção, principalmente no preço do milho, item principal da ração das aves", afirma.
Para Freiberger, um fato que impulsiona a atividade avícola é que tanto a produção de carnes quanto de ovos tem tido prioridade no mercado interno e externo. "No ano passado fechamos com um abate na casa de 846 milhões de aves. Este ano podemos ter uma pequena redução caso esses efeitos de retração na economia continuem afetando o consumo. Estamos importado milho de outros países e caso as oscilações ou desequilíbrio no mercado do grão se tornem contínuas, esta prática de importação pode se tornar comum para o setor de aves", alerta.
Freiberger afirma que o setor está bem preocupado com o desequilíbrio no suprimento de grãos, pois afeta o planejamento das empresas que buscam atender o mercado interno e externo. "Esta dificuldade, às vezes, limita as ações de desenvolvimento e crescimento das empresas, automaticamente estancando a geração de empregos e atividades no campo. As altas taxas de energia elétrica e até mesmo a irregularidade na disponibilidade, tem sido um problema para as agroindústrias. A necessidade é eminente e urgente de fontes de energia alternativas", sinaliza.
O presidente da ASGAV revela ainda que na área de segurança e saúde ocupacional das agroindústrias, o setor tem registrado consideráveis avanços, parte por aplicação das Normas Regulamentadoras e parte por consciência de melhorias no ambiente do trabalho. Atualmente, o setor tem se distanciado das posições mais críticas no ranking dos segmentos que mais geram doenças ocupacionais e afastamentos. Porém, em algumas áreas precisamos de mais diálogo, reavaliação de conceitos e prazos para adequações.
Freiberger destaca que atualmente, as exportações de carne de frango têm sido direcionadas para o Oriente Médio (principal importador), Ásia, África do Sul, Europa e Rússia. "Ainda estamos em busca de mais participação no mercado chinês e acesso a outros novos mercados. Temos ampliado nossa participação no mercado externo, resultado de um excelente trabalho da Associação Brasileira de Proteína Animal e Ministério da Agricultura em conjunto com as empresas exportadoras", avalia.