As projeções do MAPA para a carne de frango - de 2015 até 2025

AviSite

Menos de 15 dias separam as “Projeções do Agronegócio” do MAPA, divulgadas na última semana, daquelas que representam trabalho conjunto FAO/OCDE tornadas públicas nos primeiros dias de julho. Mas embora sejam iniciativas distintas, trazem resultados muito similares em relação à produção, consumo interno e exportação da carne de frango no Brasil.

Já analisadas pelo AviSite (vide “Evolução do frango brasileiro entre 2015 e 2024 na visão da OCDE-FAO”), as projeções da OCDE/FAO apontam que a produção brasileira de carne de frango continuará em crescimento, mas puxada sobretudo pelas exportações. É a mesma posição do MAPA, cujos estudos foram desenvolvidos através de sua Assessoria de Gestão Estratégia (AGE).

Indo um ano além do estudo da OCDE/FAO, as projeções da AGE/MAPA se estendem até 2025. E, estimando que no corrente exercício a produção de carne de frango atinja a marca de 13,133 milhões de toneladas, projetam que dentro de 10 anos o Brasil estará produzindo volume quase 35% maior – 17,689 milhões de toneladas, o correspondente a uma expansão média em torno de 3% ao ano.

O consumo interno cresce num ritmo menor, pouco superior a 2,5% ao ano. Esse índice corresponde a uma expansão total de 32% e deve elevar o consumo interno de 9,038 milhões de toneladas (previsão para 2015) para 11,939 milhões de toneladas.

Para as exportações é previsto incremento médio de 3,5% ao ano – ou quase 42% entre 2015 e 2025. Assim, podem – partindo de uma previsão de aproximadamente 4,1 milhões de toneladas em 2015 – chegar aos 5,8 milhões de toneladas em 2025.

Notar, aqui, que essas projeções têm como princípio o comportamento médio do setor nos últimos anos. Assim, por exemplo, não levam em conta o aumento mais recente das exportações, ocorrido a partir da abertura de novos mercados e, sobretudo, do acesso a mercados originalmente abastecidos pelos EUA (no momento afetado pela Influenza Aviária).

Ou seja: as exportações de 2015 tendem a ser superiores ao que está sendo apontado nas projeções da AGE/MAPA. Mas manter o índice de evolução previsto (+3,5% ao ano) será o grande desafio que o Brasil precisa enfrentar. Pois precisa, além de manter os mercados ora conquistados, agir para preservar o máximo possível das exportações geradas pela Influenza nos EUA.

Já no tocante à evolução do consumo interno, as projeções da AGE/MAPA soam ligeiramente otimistas. Pois - nas bases previstas e considerado o crescimento vegetativo apontado pelo IBGE para a população brasileira nestes próximos 10 anos (média de 0,7%-0,8% ao ano) - o consumo per capita de carne de frango deverá subir cerca de 10 kg – de pouco mais de 44 kg em 2015 para 54 kg em 2025. Ou, consideradas as três carnes (bovina, suína e de frango), de 94 kg para mais de 110 kg per capita anuais. Haverá apetite (e espaço) para tanta carne?

carne de frango



Data da Notícia: 20/07/2015
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