As influências do frango e do ovo no IPCA do IBGE

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É surpreendente constatar que, enquanto na granja (interior de São Paulo) o produtor de ovos completou o primeiro quadrimestre de 2015 obtendo remuneração média 3% menor que a dos mesmos quatro primeiros meses de 2014, no varejo o consumidor despendeu valor 18,32% maior. Isto, na média, porque há caso em que a alta superou os 45%.

Os dados são do IBGE e se refletiram no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) que, no acumulado de 2015, apresenta variação de pouco mais de 4,5%.

O frango, por seu turno, contribuiu para que a inflação do período não fosse ainda maior, pois em sete das treze capitais pesquisadas pelo IBGE registrou evolução negativa de preços, enquanto em outras cinco teve evolução inferior à do IPCA. Ou seja: em apenas uma capital (Vitória) o preço médio do frango inteiro evoluiu em índice que superou o acumulado pela inflação no quadrimestre.

Na média das treze capitais, o consumidor gastou neste ano, na compra do frango inteiro, valor 0,16% inferior ao de idêntico período do ano passado. Nas granjas do interior paulista, porém, o recuo de preços enfrentado ficou próximo de 3,5%.