Após um ano de recuperação, o que esperar para a avicultura em 2015?*

Avicultura Industrial

O ano de 2014 foi bastante positivo para a avicultura brasileira e podlemos considerá-lo como um período de readequação de todo o mercado. Sem dúvidas, os últimos quatro anos foram de aprendizado para toda a indústria avícola nacional e lançarão as bases para estimular o progresso para a avicultura nos próximos períodos. E para contextualizar o cenário de hoje, devemos analisar a partir do topo toda a pirâmide que alimenta a cadeia avícola.

Nos últimos sete anos, vivemos uma estagnação nos alojamentos de material genético no mercado brasileiro. Porém, também vivenciamos o catastrófico alojamento de matrizes acima da capacidade de absorção do mercado, em 2011, o que originou uma das maiores crises na história da avicultura nacional, em 2012, com sobra de produto. O ano seguinte, 2013, foi de ajustes na tentativa de reduzir os prejuízos de toda a cadeia.

Finalmente, 2014 teve um primeiro semestre focado em recuperação, seguido por um segundo semestre bastante positivo, com equilíbrio entre demanda e produção e remuneração da cadeia. A safra recorde de grãos nos Estados Unidos e no Brasil também teve influência positiva, sustentando a plataforma de custos da indústria e garantindo melhor margem operacional. O volume de matrizes alojado voltou a se recuperar em 2014, mas ainda ficando abaixo do volume de 2011.

A grande diferença desta vez está na disponibilidade de carne no mercado interno, uma vez que as exportações de carne de frango devem registrar um volume superior ao observado naquele ano, assim como o volume exportado de ovos férteis em 2014, que deverá crescer 25% em relação a 2012.

Fechamos 2014 próximo dos 43,5 Kg de consumo per capita de frango e acreditamos que este consumo deve chegar a 45 kg per capta em 2015, fator que poderá ser influenciado pelo cenário das outras proteínas. No caso da carne bovina, o preço está em alta e a disponibilidade interna deve continuar ajustada pelos próximos dois ou três anos. Já com relação à carne suína, o mercado internacional continua favorável, o que leva os produtores a priorizarem as exportações.

Outro fato que passará a ter cada vez mais impacto, é que o Brasil finalmente tornou-se uma plataforma definitiva de exportação de matrizes para vários mercados, como América Latina, Europa e Ásia. As excelentes condições sanitárias e de biosseguridade do Brasil e a desvalorização cambial que deve manter-se estável em 2015 são fatores fundamentais para impulsionar nossas exportações. Para se ter uma ideia, as exportações de matrizes do Brasil aumentaram 121% nos últimos quatro anos.

E para favorecer este cenário, que se apresenta como alternativa de escoamento à produção brasileira, as casas genéticas trabalham cada vez mais focadas para ampliar fortemente sua atuação no mercado internacional, com material genético de altíssima qualidade,produzido aqui no Brasil. Assim, acreditamos que o frango será um produto cada vez mais presente na mesa do consumidor.



Data da Notícia: 06/02/2015
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