Suinocultura Industrial
Os suinocultores paulistas e mineiros iniciaram a semana na expectativa de melhoras no mercado para os próximos dias. Em São Paulo, a Bolsa de Suínos fechou nesta segunda-feira (18/07) com novas referências, sinalizando um aumento de 3.08% em relação a semana passada, cotando a arroba em R$ 66 a R$ 68 ou R$ 3,55 a 3,63/vivo. Já em Minas Gerais a negociação a comercialização do quilo do suíno vivo não registrou queda, porém se manteve em R$ 4, ou seja, R$ 75/@, o mesmo valor da semana passada.
São Paulo
De acordo com o presidente da Associação Paulista dos Criadores de Suínos (APCS), Ferreira Júnior, a alta de 3.08% no mercado nesta semana é tendencial, visto que é esperado melhoras nos preços para os próximos dias. “Observamos hoje (19/07) pela manhã operações entre R$ 66/@ e R$ 67 /@. A tendência é uma alta, mesmo que seja pequena”, diz. “Há sinais de uma possível recuperação motivada pela excelente procura do animal vivo e boa performance dos frigoríficos que conseguiram um reajuste de R$ 0,10 a R$0,15”, conta.
O represente dos suinocultores paulistas ressalta que a oferta e a demanda estão bastante equilibradas. “Temos mais procura no mercado, a tendência é aumentar a procura pelo animal vivo. Mas, em função do abate excessivo, de animais leves, matrizes e normais, pode haver um desequilíbrio, sinalizando um comportamento de alterações nos próximos 30 dias”, revela.
Minas Gerais
Já na praça mineira, representada pela Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (ASEMG), o valor acordado entre produtores e frigoríficos permaneceu em R$ 4 / animal vivo. Antônio Ferraz, presidente da entidade, ressaltou que a manutenção do preço preocupa. “É preocupante por causa do mercado externo, principalmente pela entrada de animai do Paraná e Mato Grosso, o que sobrecarrega o mercado em Minas”, conta Ferraz. O suinocultor mineiro agora espera a reação dos preços para voltar a se sentir mais confiante.
Desvalorização
As baixas nas cotações do animal terminado têm sido observadas em quase todas as regiões do Brasil. De acordo com colaboradores do Cepea, as quedas são influenciadas pelo mau desempenho das vendas de carne no mercado atacadista, mesmo com as reduções de preços dos últimos dias.
Até a quinta-feira (14/07), dentre todos os estados pesquisados, São Paulo e Minas Gerais registraram as maiores quedas nos preços do animal vivo. O movimento de queda já tem acendido o sinal de alerta em produtores, principalmente os independentes, que ainda arcam com custos de produção bastante elevados.
Com altos custos e receitas insuficientes para remunerar a atividade, o Cepea apurou relatos de redução de plantel e/ou até mesmo de fechamento de granjas.