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Como havia antecipado, a APINCO atualizou os parâmetros para projeção do potencial de produção de carne de frango. E o fez retrocedendo a janeiro de 2017.
Na atualização, adotou como referência para o frango abatido destinado ao mercado interno (bem como aos cortes exportados) o peso de 2,440 kg – parâmetro que, explica a entidade, será adotado enquanto não estiverem disponíveis dados que sinalizem pesos ainda superiores.
E, realmente, há no mercado pesos significativamente maiores. Porque – explicam executivos do setor – o empresariado entendeu que, independentemente do peso do frango, o custo de processamento é o mesmo. Daí a utilização da máxima capacidade de suporte dos equipamentos (peso por cabeça), o que implica no processamento de aves com 3 kg ou mais.
Tal procedimento exige que se amplie o tempo de criação de um frango, o que afeta outro parâmetro utilizado nas projeções: a idade média de abate. Como, porém, parte da produção é abatida precocemente, a entidade preferiu manter o padrão habitual – 45 dias. Foram mantidos, também, o índice de viabilidade dos lotes alojados (96% do total) e o peso médio dos frangos inteiros exportados – 1,350 kg por cabeça, valor que inclui os “grillers”, de menor peso.
Pelos novos parâmetros, a produção de carne de frango de 2017 pode ter superado ligeiramente a marca dos 13,6 milhões de toneladas, resultado 3,5% superior ao levantado a partir dos parâmetros anteriores (13,156 milhões/t).
Mas, com essa atualização, fica prejudicada a comparação com períodos idênticos anteriores (por exemplo, dezembro de 2017 x dezembro de 2016; ou, então, total de 2017 x total de 2016). Porque – lembrete da APINCO – os parâmetros foram modificados a partir de janeiro de 2017, mas o incremento de peso registrado vem ocorrendo, paulatinamente, desde bem antes.