Folha de S. Paulo
As exportações brasileiras do agronegócio para o recém formado bloco TTP (Tratado Transpacífico), que inclui 12 países, somaram 12% do que o Brasil exportou desse setor de janeiro a agosto deste ano. A lista dos produtos exportados para o bloco indica que a perda de participação do país será limitada, por ora, devido à quantidade e à forte presença dos produtos brasileiros em vários mercados. Uma coisa é certa, formado o grupo, fica difícil, para quem está de fora, romper as taxas preferenciais e colocar produto nos países participantes, de acordo com Francisco Turra, da ABPA (produtores e exportadores de carnes de frango e suíno). Ele cita o caso do México. O Brasil só conseguiu vender carnes para o país devido à gripe aviária e a doenças em suínos na América do Norte. Um contraponto a favor do Brasil é a quantidade produzida e os custos de produção. O Brasil vai continuar com uma expansão garantida da produção nos próximos anos, mas os custos já começam a interferir na competitividade. A evolução econômica do país nos últimos anos elevou preços de serviços e da mão de obra. Agora, os desacertos atuais trazem outros custos, como os de energia, da inflação e dos insumos. Com o acirramento da concorrência mundial no agronegócio e em produtos industrializados desse setor, estar fora de blocos comerciais enfraquece o peso da liderança. Turra acredita que o país ainda permanecerá competitivo, mas não pode se prender a acordos que não funcionam, como o do Mercosul, e não avançar em outros, como o com a União Europeia. (Veja mais em http://bit.ly/1PfT5hs)