A Associação Catarinense de Avicultura
(ACAV) e o Sindicato da indústria de Carnes e Derivados (Sindicarne) comemoram
a aprovação na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) do Programa
Coopera Agro SC, de autoria do Governo do Estado. A iniciativa prevê a criação
de até 10 linhas de crédito, somando R$ 1 bilhão em financiamentos voltados a
agricultores vinculados a cooperativas e integradoras, com impacto econômico
estimado em R$ 26 bilhões, 40 mil empregos diretos e indiretos, além de
benefícios para mais de 120 mil produtores rurais.
As entidades que representam o forte
setor de proteína animal catarinense destacam que a iniciativa chega em um
momento decisivo para ampliar investimentos, garantir competitividade e
fortalecer todas as cadeias. O diretor executivo das duas entidades, Jorge Luiz de Lima, reforça que o
programa atende demandas históricas do setor ao criar mecanismos reais e
sustentáveis de acesso ao crédito.
“Hoje, o setor tem capacidade de
ampliação e modernização, mas esbarra na burocracia e limitação de crédito. Com
acesso facilitado pelo programa, os produtores de suínos e aves poderão ampliar
suas capacidades produtivas e investir em novas tecnologias. Com isso, as agroindústrias
também aumentam produtividade e o setor tecnológico acompanha a geração de
empregos. Eu chamo essa iniciativa de economia circular, cuja estimativa de
crescimento dos setores pode alcançar de 3 a 5% em 5 anos”, avalia Lima.
O dirigente ressalta que ACAV e
Sindicarne participaram da construção do Programa e acompanharão de perto a sua
efetivação.
SOBRE O
PROGRAMA
O Programa Coopera Agro SC busca ampliar
o acesso ao crédito, fortalecer cooperativas e agroindústrias e impulsionar a
competitividade do campo em todas as regiões. Isso porque, as condições de
financiamento são diferenciadas, com taxa de juros reduzida, próxima a 9% ao
ano, e prazo total de quitação de 10 anos, incluindo dois anos de carência.
A operacionalização financeira será
conduzida em parceria entre o Governo do Estado e o Banco Regional de
Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), por meio da aquisição de Letras
Financeiras com prazo de 10 anos. O programa prevê R$ 200 milhões aportados pelo
Estado e R$ 800 milhões pelo setor privado. Como incentivo adicional, o Governo
poderá liberar créditos acumulados de ICMS, limitados a até 50% do valor
investido.
A coordenação do programa é da
Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Sape), com apoio da Secretaria
de Estado da Fazenda (SEF) e da Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan).