O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal, Francisco Turra e o Diretor Executivo da entidade, Ricardo Santin, divulgaram uma nota sobre as práticas de dumping.
Conforme informações, a China confirmou nesta sexta-feira, 15, a imposição de medidas antidumping sobre a importação de frango brasileiro. De acordo com anúncio do Ministério do Comércio local, os importadores do frango brasileiro deverão pagar tarifas de 17,8% a 32,4% a partir do próximo domingo, 17. A medida terá validade de cinco anos.
O governo chinês também informou que JBS, BRF e outras 12 empresas brasileiras que conseguiram um acordo com as autoridades locais após apresentarem um “compromisso de preço” não sofrerão a imposição das tarifas.
Além das gigantes nacionais do setor, ficarão de fora das novas taxas os produtos das seguintes companhias: Copacol, Consolata, Aurora Alimentos, Bello Alimentos, Lar, Coopavel, São Salvador Alimentos, Rivelli Alimentos, Gonçalves e Tortola, Copagril, e Vibra e Kaefer.
O governo da China informou que a decisão pela aplicação das medidas antidumping foi tomada depois que uma investigação adicional comprovou que o produto brasileiro provocou prejuízos substanciais na indústria doméstica.
Acompanhem abaixo a nota da ABPA:
O Ministério do Comércio da China (MOFCOM) anunciou hoje a conclusão do acordo com as agroindústrias brasileiras de carne de frango, em relação à investigação de práticas de dumping, iniciada em agosto de 2017.
É importante esclarecer que, embora o governo chinês tenha divulgado a imposição de tarifas de direito antidumping, elas estão suspensas devido à celebração de um acordo de Price Undertaking (PU), firmado entre empresas do setor e as autoridades chinesas para a aplicação de direitos antidumping.
Ao mesmo tempo, a conclusão do PU não significa que o setor exportador de carne de frango do Brasil concorde com a determinação final do processo.
Conforme a ABPA tem defendido desde o início da investigação, não houve praticas de dumping e não há qualquer nexo causal entre as exportações de produtos avícolas do Brasil e eventuais situações mercadológicas locais. As provas já foram apresentadas pelo setor produtivo do Brasil.
Ao mesmo tempo, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e o Governo Brasileiro identificaram diversas violações no acordo internacional antidumping pela autoridade chinesa na análise de dano e nexo causal ao longo do processo. O Conselho Diretivo da ABPA analisará a decisão chinesa e submeterá suas considerações ao Governo Brasileiro para a decisão sobre futuras ações.