Atualmente para manter a competitividade na produção comercial de aves, é necessário garantir melhorias contínuas nas instalações e no manejo buscando superar os efeitos nocivos de fatores ambientais críticos, como altas temperaturas e umidade relativa do ar no bem-estar e produtividade dos animais. O ambiente deve garantir a possibilidade dos animais manterem o conforto térmico, garantindo, assim, a produção com o mínimo de gasto energético possível para cada fase da produção.
Buscando meios de intervenção rápida e formas de mensurar indicadores técnicos, a termografia infravermelha surge como um método prático, rápido e não invasivo que permite avaliar as condições térmicas das instalações e dos animais, indicando possíveis situações de estresse térmico. O emprego da termografia, reduz a influência do clima no comportamento natural dos animais, diminui a mão de obra assim como o risco da operação. É um método moderno, de zootecnia de precisão, com alta acessibilidade, inclusive através da câmera de celulares que possuem o sensor embutido.
A análise termográfica surgiu como uma técnica para mapear a temperatura superficial, fornecendo uma estimativa de perda de calor. A técnica pode ser utilizada de forma precisa para o cálculo da transferência de calor e massa entre as aves e o ambiente. Torna-se essencial para a elaboração de projetos de sistemas de ventilação e resfriamento evaporativo, além de inferência sobre o manejo das aves. Essa técnica tem sido cada vez mais utilizada na área de produção animal, uma vez que possibilita detectar doenças, estresse, processos inflamatórios, entre outros fatores que afetam a saúde e o bem-estar dos animais.
As aplicações da termografia infravermelha na produção animal têm mostrado eficiente para identificar variações na temperatura superficial em animais de produção. Pesquisas indicam o uso de imagens termográficas em diferentes estágios do manejo, bem como nos ambientes avaliados no estudo, por meio de mapas térmicos específicos. Por exemplo, em pintinhos de um dia, permite maior precisão nas medições das perdas de calor sensível, demonstrando variações nas perdas de calor sensível em diferentes partes do corpo da ave.
A aplicação da termografia em frangos de corte é considerada complexa, uma vez que as penas têm uma boa propriedade isolante, bloqueando parte das emissões da pele. Mesmo assim, a técnica tem sido empregada com sucesso no estudo do conforto térmico animal, no qual se registra a temperatura superficial das aves no ambiente de alojamento, trazendo mecanismos de interferência rápida a desvios importantes a produção.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A termografia por infravermelho é um método eficiente para avaliar o estresse térmico na avicultura, uma vez que permite o diagnóstico de doenças e alterações fisiológicas relacionadas à temperatura corporal.