À espera do USDA, preços da soja têm 4ª feira de estabilidade em Chicago e no mercado brasileiro

Notícias Agrícolas

À espera dos novos números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), o mercado da soja fechou o pregão desta quarta-feira (9) com leves baixas na Bolsa de Chicago. Os principais vencimentos terminaram o dia perdendo entre 3 e 4,50 pontos, com o julho/18 valendo US$ 10,15 por bushel.

As cotações se ajustaram antes da divulgação do novo boletim mensal de oferta e demanda que o departamento norte-americano divulga nesta quinta-feira, 10 de maio. E algumas expectativas para as estimativas já começam a ser observadas no mercado.

Os traders, afinal, acompanham de perto o desenvolvimento da nova temporada norte-americana, que sofreu com algumas adversidades climáticas no início do plantio, principalmente de milho, mas que já se recupera e retoma seu ritmo normal.

As projeções para a produção de soja dos EUA variam de 115,61 a 120,56 milhões de toneladas, com média de 117,33 milhões. No Agricultural Outlook Forum, realizado em fevereiro pelo USDA, o número estimado foi de 117,57 milhões e, na safra anterior, a produção americana foi de 119,53 milhões de toneladas.

Os estoques finais de soja 2018/19 podem variar, segundo as expectativas, entre 9,14 e 19,46 milhões de toneladas, com uma média de 14,94 milhões. No Outlook, a projeção para os estoques da oleaginosa ficou em 12,52 milhões.

Como relata o analista de mercado Matheus Pereira, da AgResource Mercosul, o atual cenário climático norte-americano é propício para a atual fase da nova safra norte-americana, que é de plantio e germinação. "No entanto, há sinais de anomalias climáticas para junho-agosto que não deixam os produtores do Cinturão Agrícola confortáveis. Mas, ainda são necessárias confirmações. Até agora, os mapas são favoráveis pelas próximas três semanas de maio", diz.

Ao mesmo tempo, não se desviam as atenções sobre as questões comerciais entre China e Estados Unidos, como explica o economista e analista de mercado Camilo Motter, da Granoeste Corretora de Cereais.

"A questão central segue a pendência comercial entre EUA e China, que paralisou os negócios entre os dois países há cerca de um mês. As negociações entre as duas delegações se mostram mais duras do que se imaginava e pressiona a formação dos preços", diz.

Mercado Nacional

No Brasil, os preços também mantiveram sua estabilidade na maior parte das principais praças de comercialização, acompanhando a cautela de Chicacago. Nos portos, apenas Rio Grande registrou ligeiras baixas nesta quarta-feira.

No terminal de Paranaguá, estabilidade nos R$ 86,00 por saca no disponível, enquanto o porto gaúcho registrou R$ 85,60 por saca, caindo 0,23%. Já a referência maio/18 ficou em R$ 86,00.



Data da Notícia: 10/05/2018
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