A CHEGADA DA SAFRA 2016, POR GUILHERME SULSBACH GRANDO*

Diário Catarinense

Já falamos aqui sobre a previsão de uma safra nacional menor devido às intempéries. No entanto, com a proximidade da colheita, há mais precisão de números e, para além disso, o tema sobre a situação da agricultura nacional nesta safra 2015/2016 é um dos mais comentados no momento, o que nos faz voltar a ele.

É geral o comentário de que este ano as colheitas serão prejudicadas devido à intensa influência do “El Niño”. Desde o milho, a soja, o trigo, até mesmo a uva sofreu com a falta de inverno em 2015, as geadas tardias e a chuva, que não para mais no Sul, enquanto sua falta é sentida no centro-oeste do país.

Já se fala em uma redução de 700 milhões de quilos de uva para 400 milhões. Outrossim, o custo da uva aumentou devido à intensificação de cuidados necessários em razão das intempéries frequentes.

A grande notícia para o vinho é que, diferente de outros setores da agricultura, que trabalham com produtos commodities, em que um padrão é esperado e pré-determinado, a uva nacional está sendo dirigida para a superação da qualidade do produto final. Assim, não é a perda de volume que mais nos preocupa, mas, sim, o que entregaremos ao consumidor. Ademais, as uvas sadias ainda poderão ser colhidas mais cedo e, devido à acidez nesta fase, fazer-se bons espumantes.

O brasileiro pode e deve ficar orgulhoso e confiante quando beber um vinho nacional de boa procedência. Afinal, conseguimos sair de um produto oriundo da terra, com uma agricultura rudimentar, para a modernidade no campo, a higiênica e precisa indústria e o posicionamento nas prateleiras das melhores delicatessens do mundo.



Data da Notícia: 15/01/2016
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